quinta-feira, 26 de abril de 2012

Retrabalho e um princípio cartesiano


Retrabalho e um princípio cartesiano

jeti87

Outro dia eu estava revendo a Teoria Geral da Administração (TGA), no livro do Chiavenato.* Estava no apanhado histórico que levou ao surgimento da “Ciência da Administração”. Li sobre as influências filosóficas e de repente cheguei na explicação sobre o Método Cartesiano, criado por René Déscartes e, entre os princípios estava: “Princípio da Enumeração ou da Verificação: fazer verificações e revisões em tudo, para que nada seja omitido ou deixado de lado”.

Identifiquei-me de imediato. Extrapolando o método cartesiano, que surgiu voltado para as tarefas desempenhadas nas indústrias da época, e pensando na minha prática profissional, percebo que ajo muito com base no princípio da verificação. Afinal este significa, trocando em miúdos, rever o que fez, procurar erros a tempo de corrigi-los. Ele tem muitas vantagens e a principal delas é evitar retrabalho. Acredite: vale a pena superar a “preguiça” que dá de rever algo já pronto; ignorar por um tempo aquela vontade de ir logo para o “me livrei de mais uma tarefa” e tomar o tempo necessário para rever um trabalho.

Às vezes a gente acha erros minúsculos que eu costumo dizer que são só para justificar a nossa ação de rever, para não ser um tempo totalmente perdido. Outras vezes, achamos um erro crasso que se tivesse passado adiante levaria a uma porção de problemas antes de voltar a quem o gerou, para retrabalho. E quando, na revisão, encontramos isso, dizemos “Ufa!”.

Nota


* Chiavenato, Idalberto. Teoria Geral da Administração. 6 ed. rev. e atualizada. Rio de Janeiro: Elsevier, 2001. 13ª reimpressão.

Código de Ética do Profissional de Secretariado


O Código de Ética é um dos instrumentos básicos para o direcionamento correto da atuação como profissionais. Se você ainda não o conhece, invista cinco minutos na sua leitura. Se você já o conhece, aproveite para reler. Deixe-o sempre à mão, divulgue-o entre colegas de profissão, mostre-o ao setor de RH de sua empresa e aos executivos.

Publicado no Diário Oficial de 7 de junho de 1989.

Capitulo I - Dos Princípios Fundamentais

Art.1º. - Considera-se Secretário ou Secretária, com direito ao exercício da profissão, a pessoa legalmente credenciada nos termos da lei em vigor.

Art.2º. - O presente Código de Ética Profissional tem por objetivo fixar normas de procedimentos dos Profissionais quando no exercício de sua profissão, regulando¬Ihes as relações com a própria categoria, com os poderes públicos e com a sociedade.

Art.3º. - Cabe ao profissional zelar pelo prestígio e responsabilidade de sua profissão, tratando-a sempre como um dos bens mais nobres, contribuindo, através do exemplo de seus atos, para elevar a categoria, obedecendo aos preceitos morais e legais.

Capítulo II - Dos Direitos

Art.4º. - Constituem-se direitos dos Secretários e Secretárias:

  1. Garantir e defender as atribuições estabelecidas na Lei de Regulamentação;
  2. Participar de entidades representativas da categoria;
  3. Participar de atividades públicas ou não, que visem defender os direitos da categoria;
  4. Defender a integridade moral e social da profissão, denunciando às entidades da categoria qualquer tipo de alusão desmoralizadora;
  5. Receber remuneração equiparada à dos profissionais de seu nível de escolaridade;
  6. Ter acesso a cursos de treinamento e a outros Eventos/Cursos cuja finalidade seja o aprimoramento profissional;
  7. Jornada de trabalho compatível com a legislação trabalhista em vigor.

** Capítulo III - Dos Deveres Fundamentais**

Art.5º. - Constituem-se deveres fundamentais das Secretárias e Secretários:

  1. Considerar a profissão como um fim para a realização profissional;
  2. Direcionar seu comportamento profissional, sempre a bem da verdade, da moral e da ética;
  3. Respeitar sua profissão e exercer suas atividades, sempre procurando aperfeiçoamento;
  4. Operacionalizar e canalizar adequadamente o processo de comunicação com o público;
  5. Ser positivo em seus pronunciamentos e tomadas de decisões, sabendo colocar e expressar suas atividades;
  6. Procurar informar-se de todos os assuntos a respeito de sua profissão e dos avanços tecnológicos, que poderão facilitar o desempenho de suas atividades;
  7. Lutar pelo progresso da profissão;
  8. Combater o exercício ilegal da profissão;
  9. Colaborar com as instituições que ministram cursos específicos, oferecendo-Ihes subsídios e orientações.

Capítulo IV - Do Sigilo Profissional

Art.6º. - A Secretária e o Secretário, no exercício de sua profissão, deve guardar absoluto sigilo sobre assuntos e documentos que lhe são confiados.

Art.7º. - É vedado ao Profissional assinar documentos que possam resultar no comprometimento da dignidade profissional da categoria.

Capítulo V - Das Relações entre Profissionais Secretários

Art.8º. - Compete às Secretárias e Secretários:

  1. Manter entre si a solidariedade e o intercâmbio, como forma de fortalecimento da categoria;
  2. Estabelecer e manter um clima profissional cortês, no ambiente de trabalho, não alimentando discórdia e desentendimento profissionais;
  3. Respeitar a capacidade e as limitações individuais, sem preconceito de cor, religião, cunho político ou posição social;
  4. Estabelecer um clima de respeito à hierarquia com liderança e competência.

Art.9º. - É vedado aos profissionais:

  1. Usar de amizades, posição e influências obtidas no exercício de sua função, para conseguir qualquer tipo de favoritismo pessoal ou facilidades, em detrimento de outros profissionais;
  2. Prejudicar deliberada mente a reputação profissional de outro secretário;
  3. Ser, em função de seu espírito de solidariedade, conivente com erro, contravenção penal ou infração a este Código de Ética.

Capítulo VI - Das Relações com a Empresa

Art.10º. - Compete ao Profissional, no pleno exercício de suas atividades:

  1. Identificar-se com a filosofia empresarial, sendo um agente facilitador e colaborador na implantação de mudanças administrativas e políticas;
  2. Agir como elemento facilitador das relações interpessoais na sua área de atuação;
  3. Atuar como figura-chave no fluxo de informações desenvolvendo e mantendo de forma dinâmica e contínua os sistemas de comunicação.

Art.11º. – É vedado aos Profissionais:

  1. Utilizar-se da proximidade com o superior imediato para obter favores pessoais ou estabelecer uma rotina de trabalho diferenciada em relação aos demais;
  2. Prejudicar deliberadamente outros profissionais, no ambiente de trabalho.

Capitulo VII - Das Relações com as Entidades da Categoria

Art.12º. - A Secretária e o Secretário devem participar ativamente de suas entidades representativas, colaborando e apoiando os movimentos que tenham por finalidade defender os direitos profissionais.

Art.13º. - Acatar as resoluções aprovadas pelas entidades de classe.

Art.14º. - Quando no desempenho de qualquer cargo diretivo, em entidades da categoria, não se utilizar dessa posição em proveito próprio.

Art.15º. - Participar dos movimentos sociais e/ou estudos que se relacionem com o seu campo de atividade profissional.

Art.16º. - As Secretárias e Secretários deverão cumprir suas obrigações, tais como mensalidades e taxas, legalmente estabelecidas, junto às entidades de classes a que pertencem.

Capítulo VIII - Da Obediência, Aplicação e Vigência do Código de Ética

Art.17º. - Cumprir e fazer cumprir este Código é dever de todo Secretário.

Art.18º. - Cabe aos Secretários docentes informar, esclarecer e orientar os estudantes, quanto aos princípios e normas contidas neste Código.

Art.19º. - As infrações deste Código de Ética Profissional acarretarão penalidades, desde a advertência à cassação do Registro Profissional na forma dos dispositivos legais e/ou regimentais, através da Federação Nacional das Secretárias e Secretários.

Art.20º. - Constituem infrações:

  1. Transgredir preceitos deste Código;
  2. Exercer a profissão sem que esteja devidamente habilitado nos termos da legislação específica;
  3. Utilizar o nome da Categoria Profissional das Secretárias e/ou Secretários para quaisquer fins, sem o endosso dos Sindicatos de Classe, em nível Estadual e da Federação Nacional nas localidades inorganizadas em Sindicatos e/ou em nível Nacional.