Retrabalho e um princípio cartesiano
Publicado em 23 março, 2012 por Daniela Ramos
Outro dia eu estava revendo a Teoria Geral da Administração (TGA), no livro do Chiavenato.* Estava no apanhado histórico que levou ao surgimento da “Ciência da Administração”. Li sobre as influências filosóficas e de repente cheguei na explicação sobre o Método Cartesiano, criado por René Déscartes e, entre os princípios estava: “Princípio da Enumeração ou da Verificação: fazer verificações e revisões em tudo, para que nada seja omitido ou deixado de lado”.
Identifiquei-me de imediato. Extrapolando o método cartesiano, que surgiu voltado para as tarefas desempenhadas nas indústrias da época, e pensando na minha prática profissional, percebo que ajo muito com base no princípio da verificação. Afinal este significa, trocando em miúdos, rever o que fez, procurar erros a tempo de corrigi-los. Ele tem muitas vantagens e a principal delas é evitar retrabalho. Acredite: vale a pena superar a “preguiça” que dá de rever algo já pronto; ignorar por um tempo aquela vontade de ir logo para o “me livrei de mais uma tarefa” e tomar o tempo necessário para rever um trabalho.
Às vezes a gente acha erros minúsculos que eu costumo dizer que são só para justificar a nossa ação de rever, para não ser um tempo totalmente perdido. Outras vezes, achamos um erro crasso que se tivesse passado adiante levaria a uma porção de problemas antes de voltar a quem o gerou, para retrabalho. E quando, na revisão, encontramos isso, dizemos “Ufa!”.
Nota
* Chiavenato, Idalberto. Teoria Geral da Administração. 6 ed. rev. e atualizada. Rio de Janeiro: Elsevier, 2001. 13ª reimpressão.
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